Início | História | Solução | Criação | Perguntas | Galeria | Testes | Solucionador | Gerador | Links | Contato |
Compor alfaméticos é uma atividade criativa e eletrizante. O produto final – novos alfaméticos – são obras de arte completas em si mesmas, equivalentes a poemas, pinturas, músicas… jóias preciosas dignas de serem expostas ao público e devidamente reverenciadas com o máximo de devoção!...
Nos velhos tempos, antes do advento dos computadores, criar alfaméticos era uma tarefa hercúlea que exigia um certo “feeling” ou “queda” para a coisa. Compunha-se alfaméticos por um processo manual trabalhoso de tentativa e erro que exigia muita paciência e persistência. Juntava-se 30 ou 40 alfaméticos, e já se tinha em mãos material suficiente para publicar um livro!
Hoje em dia, com um computador rodando um programa gerador de criptaritmética, qualquer pessoa pode gerar alfaméticos às dezenas. Mas, infelizmente, a grande maioria desses novos alfaméticos que a gente cria tão facilmente são de baixa qualidade: esteticamente inaceitáveis (ilógicos, sem nexo) ou impossíveis de serem resolvidos à mão, o que impede seu uso para fins de recreação e passa-tempo. Portanto, gerar alfaméticos atualmente é muito fácil – o difícil é obter qualidade, ou seja, criptogramas esteticamente atraentes e de grau de dificuldade aceitável. Surgem daí as 2 regras fundamentais da arte de compor alfaméticos:
Regra n° 1 – Nunca divulgue um alfamético que você não tenha conseguido resolver manualmente, você mesmo. Logo vai aparecer alguém pedindo dicas para resolvê-lo e você vai passar vergonha... E aquele velho ditado que diz: "Pimenta no olho dos outros é refresco" desaconselha passar adiante um problema cabeludo que você não sabe como resolver. Lembre-se que um alfamético muito difícil ou impossível de decifrar manualmente não tem nenhum valor como recreação matemática: só toma o tempo e dá raiva àqueles que tentam resolvê-lo.
Regra nº 2 – Nunca divulgue um alfamético de baixo valor estético: feio, ilógico, sem sentido, absurdo… Ele vai ficar por aí lhe perseguindo como um fantasma, testemunhando o momento de descuido e fraqueza em que você lhe deu vida.
Existem inúmeros sites na Internet contendo dezenas de milhares de alfaméticos que não seguem estas 2 regras. São o que se pode chamar de alfaméticos de vitrine, “feitos para ver”, não para decifrar (pois é muito difícil ou impossível decifrá-los manualmente). Isto compromete o futuro da criptaritmética pois desencoraja os iniciantes que ficam se achando estúpidos por não conseguir resolvê-los, e partem para outros gêneros de recreações matemáticas mais amigáveis.
Para se criar alfaméticos, o ponto de partida, a matéria-prima, são as palavras. E não palavras quaisquer colhidas ao acaso: parte-se de textos temáticos publicados na Internet, tais como, letras de canções populares, histórias infantis, poesias, crônicas, hinos, etc.
Para entender os detalhes do processo moderno de criação de alfaméticos, nada melhor que acompanhar um exemplo prático, passo a passo.
Para isso, acesse a página do nosso GERADOR DE ALFAMÉTICOS e, seguindo as instruções contidas no item "EXEMPLO PRÁTICO", você vai obter estes 2 novos alfaméticos em menos de 2 minutos:
NADA + ERA = CIRCO NADA + DESDE = ALMOCO
É possível criar alfaméticos por outros processos diferentes deste. Quando não havia computadores, tudo era feito manualmente: a combinação de palavras e o teste de solução única, um processo extremamente tedioso e cansativo. Posteriormente, com o surgimento dos programas de computador solucionadores de alfaméticos, fazia-se manualmente a seleção de palavras submetendo-as ao solucionador para teste de solução única. Até que, no ano 2000 surgiu o primeiro programa gerador de alfaméticos que, como já explicamos, faz automaticamente a seleção de palavras e o teste de solução única.
As vantagens de se usar um gerador de alfaméticos são o conforto e economia de esforço obtidos e a certeza de que todos os alfaméticos produzidos obedecem as convenções fundamentais da criptaritmética. A desvantagem já foi apontada: a grande maioria (mais de 98%) dos problemas gerados automaticamente são antiestéticos e impossíveis de resolver à mão. Portanto a seleção sistemática e rigorosa para eliminar os alfaméticos ilógicos e impossíveis de solução manual é muito importante. Você vai notar que às vezes parece maldição: o teste mais bonito é justamente aquele impossível de resolver à mão. Mas não caia na tentação, e jogue-o na lata do lixo sem dó nem piedade, senão você vai se arrepender futuramente!
Não aconselhamos o uso de outros processos de geração de alfaméticos, mas quem quiser fazê-lo certifique-se de que conhece bem as convenções fundamentais da criptaritmética, sem o que, arrisca-se a compor problemas inválidos. As convenções são:
* Cada letra ou símbolo representa apenas um dígito no problema inteiro;
* Quando as letras são substituídas pelos seus dígitos, a operação aritmética resultante deve estar correta;
* A base numérica padrão é 10, a não ser que se convencione outra diferente;
* Os números não podem começar com zero;
* O problema deve ter solução única.
* Os sinais gráficos ou diacríticos (til, cedilha, acentos, etc.) são ignorados, salvo declaração expressa do autor.
Quanto à qualidade estética de um alfamético, esse é um tema difícil de lidar com ele. É mais uma questão de filtragem com malha fina, produzir um grande número de alfaméticos, peneirá-los e publicar somente os melhores. É uma coisa que só com tempo e perseverança se consegue. Você cria, digamos, uns 300 alfaméticos aceitáveis para selecionar 20 a 30 de média qualidade e apenas 5 de alta qualidade.
Alguns alfaméticos de média e alta qualidade:
EU + E = OTO
BLA + BLA + BLA = FALA
TOMA + CANA = TOMBO
NÃO + DÓI = NADA
GOL x 6 = JOGO
BOLO + COM = LEITE
CD x 6 = DVD
PÁRA + PEGA = SEGUE
NOVO + AMOR = AGORA
DEUS + ELE = BUSCA
TOMA - COCA = COLA
FICOU + COM = MARIA
VOA + VIAJA = LONGE
VHS x 5 = DVD
FIM + FOI = BOBO
NOSSO + AMOR = SEMPRE
BOM + JOGO = GANHA
BIA + AMAVA = VITOR
ELA + BEBE = VINHO
NOITE + SEM = SAMBA
JOÃO + JOGA = DAMAS
FUSCA + FOCUS = CARROS
NOSSO + SONHO = BRASIL
EU + SOU + SEU = VOVO
SEIS + SETE + SETE = VINTE
CINCO + CINCO + CINCO = QUINZE
Em resumo: um alfamético de boa qualidade tem que ter lógica, "ler bem", ser solúvel manualmente e não muito difícil.
Agora, mãos à obra! Anime-se e componha seus próprios alfaméticos.