SEIS + SETE + SETE = VINTE
       
                         Autor:    Jorge A. B. Soares -
Bauru, SP


         d4 d3 d2 d1
            S  E  I  S
            S  E  T  E
         +  S  E  T  E
        ---------------
         V  I  N  T  E

 
Deduzimos imediatamente que, na coluna das dezenas de milhares V=1 ou V=2, dependendo do valor do transporte d4.
 
Na coluna das unidades, que não recebe transporte (“vai um” ou "vão dois") temos: S + E + E = E + d1*10. Passando o E do 2º termo da equação para o 1º termo, o E troca de sinal e a equação fica: S + E + E - E = d1*10, que após redução fica: S + E = d1*10. Há 2 hipóteses para o d1: d1=0 e d1=1. Acontece que o d1 não pode ser zero porque sabemos que S é diferente de 0 porque as parcelas SEIS e SETE começam com S, e uma das convenções da criptaritmética reza que, a não ser que seja explicitamente declarado, nenhum número começa com zero. Logo d1 só pode ser 1, e a expressão fica reduzida a S + E = 10. A expressão  S + E = 10  forma um “par conjugado” que facilita a armação de hipóteses, pois variando S já fixamos o valor de E, já que a soma dos dois é sempre 10, gerando teoricamente as seguintes hipóteses viáveis: {S=1, E=9};   {S=2, E=8};  {S=3, E=7};  {S=4, E=6};  {S=6, E=4};  {S=7, D=3};  {S=8, E=2}  e  {S=9, E=1}. 

Agora partimos para o teste sucessivo dessas hipóteses, parando ao achar a solução do problema.
 
1) Fixando S=1 e E=9 verificamos que essa opção é impossível, porque para gerar o transporte d4 = V, o E precisa ser igual ou maior que 3. 

2) A segunda hipótese S=2 e E=8 também é impossível pelas mesmas razões do item anterior. Testando a terceira hipótese S=3 e E=7 e fazendo as substituições, obtemos: 

         1  2  d2 1 
            3  7  I  3
            3  7  T  7
         +  3  7  T  7
        ---------------
         V  I  N  T  7 

Deduz-se que  I=1 e I=1, o que é impossível.
 
3) Testando a terceira hipótese S=4 e E=6 e fazendo as substituições obtemos

         1  d3 d2 1 
            4  6  I  4
            4  6  T  6
         +  4  6  T  6
        ---------------
         V  I  N  T  6

 
Verifica-se que V=1 e que o valor de I pode ser 2 ou 3, dependendo do valor do transporte d3. Testando I=2 na coluna das dezenas temos 1 + 2 + T + T = T + d2*10  portanto teríamos T=7,  d2=1 e d3=1, logo o I na soma da coluna dos milhares assumiria o valor de 3, incompatível com o seu valor já fixado em 1. Portanto esta hipótese é inválida, e a configuração do problema ao final desta rodada seria: 

         1  d3 d2 1 
            4  6  2  4
            4  6  7  6
         +  4  6  7  6
        ---------------
         1  I  9  7  6

 3) Testando a quarta hipótese S=6 e E=4 e fazendo as substituições obtemos:
<
         1  1  d2 1 
            6  4  9  6
            6  4  T  4
         +  6  4  T  4
        ---------------
         1  9  N  T  4

Na coluna das dezenas temos 1 + 9 + T + T = T + d2*10  portanto T=0, d2=1 e na coluna das centenas N=3, obtendo a seguinte configuração:

         1  1  1  1 
            6  4  9  6
            6  4  0  4
         +  6  4  0  4
        ---------------
         1  9  3  0  4
 
Esta operação está correta e representa a solução final do problema, resumida na chave: E=4  I=9  N=3  S=6  T=0  V=1.